José Cardoso Pires, nome incontornável da literatura nacional, faria 100 anos esta quinta-feira. A efeméride fica marcada pela estreia no grande ecrã de ‘Lavagante’, uma adaptação cinematográfica do seu livro com o mesmo nome, de Mário Barroso, com argumento de António-Pedro Vasconcelos, que morreu antes do lançamento do filme protagonizado por Júlia Palha e Francisco Froes.

O livro, que é agora retratado no cinema, aborda o período de ditadura em Portugal e acompanha o romance de um médico oposicionista e de uma jovem estudante.
Falecido em 1998, aos 73 anos, Cardoso Pires conta com um vasto acervo literário, do qual se destacam obras como ‘O Delfim’ ou ‘De Profundis, Valsa Lenta’. Em declarações à TSF, Bruno Vieira Amaral, que escreveu a biografia do autor português, descreve-o como “um escritor com um compromisso ético com a sua função e missão” na escrita. Sublinhando que este não queria ser recordado como “o tipo que escrevia bem”. O biógrafo aproveitou ainda para apontar o dedo ao Governo, afirmando que o património português “não é apenas edifícios, mas também as obras e a memória dos escritores”.
O 24Horas contactou o Ministério da Cultura para saber se existe algum programa oficial para assinalar esta data, no entanto, não obteve resposta.