André Villas-Boas, de 47 anos, falou esta sexta-feira, dia 10, da novela protagonizada por Rodrigo Mora e o Al Ittihad, da Arábia-Saudita, agora treinado por Sérgio Conceição, no último mercado de verão. O tema foi abordado no decorrer do ‘Portugal Football Summit’, evento promovido pela Federação Portuguesa de Futebol, na Cidade do Futebol, em Oeiras.
“Foi um desafio, davam 50 milhões de euros, é um clube que se habituou a brincar com o FC Porto”, começou por dizer o presidente dos dragões, reforçando a má índole do clube saudita: “Mexeram na cabeça do miúdo, não foi ético nem moral… Nós não venderíamos por menos de 115, que é a cláusula, mas em conversa com ele falámos nos 70 milhões, proposta que não chegou e eles desapareceram da mesa. Com [Sérgio] Conceição lá, a relação pode ser outra, mas não gostámos como se comportaram nas negociações.”
Villas-Boas referiu-se ainda à presente temporada do FC Porto, que lidera o campeonato, mostrando satisfação com os resultados da equipa, orientada pelo italiano Francesco Farioli: “Temos um grande treinador, com qualidade, processo. Tem ideias, comunica bem, sabe os valores do clube. A equipa tem estado como os sócios querem. Começaram bem, mas está tudo em aberto.”
O presidente fez também um balanço sobre o estado atual dos rivais: “O Sporting está sólido, bem construído e treinado. O Benfica fez um investimento forte, ao nosso nível. Adicionou qualidade, temos uma grande batalha pela frente, que será difícil. É prematuro, mas estamos num bom caminho. As coisas estão a sair bem.”
Quanto ao futuro do futebol nacional, nomeadamente a paz entre os três grandes, Benfica, Sporting e FC Porto, Villas-Boas foi perentório: “Os três presidentes não se podem ver uns aos outros, mas temos um caminho obrigatório a percorrer, no sentido de encontrar soluções para o futebol português.”