Logo ao início da manhã deste domingo o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro declarou que “o PS voltou, independentemente dos resultados finais”. “Depois da hecatombe que tivemos há três meses, diria que com o sentido da humildade democrática, que tem que presidir à forma como estamos na vida política e na vida cívica, senti que houve um reencontro do partido que eu tenho a honra e o privilégio de representar com os portugueses”, afirmou o líder do PS, que há quatro ano foi o partido que conquistou o maior número de autarquias e, por isso, a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Nas contas da noite deste domingo não estará apenas a presidência da ANMP, mas também as conquistas dos partidos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e o desempenho do Chega, segundo partido nas últimas legislativas, mas, até agora, sem qualquer presidência de câmara.
Já Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas este domingo, declarou que quer que o PSD conquiste a ANMP e a Associação Nacional das Freguesias. “O futuro, a prosperidade e o sucesso do país também dependem muito desta escolha”, afirmou o presidente do PSD a propósito das eleições deste domingo.
Os líderes partidários pronunciaram-se sobre as expectativas para a noite eleitoral. André Ventura considerou que este domingo pode representar uma “nova era” para o Chega. “Este é mesmo um dia importante, nós temos de sair do sofá para concretizarmos a nossa opção em voto. A nossa única arma em democracia é o voto”, apontou.
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, destacou para as especificidades das autárquicas: “As autárquicas têm esta particularidade, são campanhas muito no terreno, muito ligadas às pessoas. As pessoas conhecem-se umas às outras”.
Nuno Melo considerou que “tudo o que um democrata não quer é a abstenção. A participação democrática é fundamental e desse ponto de vista, até comparativamente com outras eleições aqui, aparentemente a adesão tem sido grande até este momento”, partilhou o líder do CDS/PP.
Já Mariana Leitão afastou qualquer cenário menos positivo para a Iniciativa Liberal, partido que nunca conquistou qualquer câmara. “Não estou a pensar sequer nesse cenário. Acho que vamos ter uma ótima noite, muito sinceramente”, afirmou a líder dos liberais.
“Eu diria que para muitas pessoas são as eleições mais importantes, porque aquele problema que a gente vê todos os dias, que nos prejudica todos os dias, do buraco no passeio, à passadeira que impede uma tragédia e que nos resolve um problema sem termos dado por isso quando as coisas correm bem”, declarou, por sua vez, o líder do Livre, Rui Tavares.
Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, disse que o “Bloco de Esquerda e todos os outros partidos fizeram campanhas mobilizadoras, nós tivemos participações diferentes, algumas coligações, outras que não são coligações, acho que em todos os sítios onde participei as pessoas estão muito empenhadas em mudar as suas terras”.
Já a líder do PAN deixou uma crítica: “Lamento apenas que a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna não tenha tido os boletins em braile. Já recebemos essa reclamação”. “Apesar de a lei não obrigar, acho que por uma questão de inclusão, de verdadeira participação democrática, e não obstante poderem votar acompanhadas, temos de ter uma sociedade onde se normalize a inclusão”, acrescentou Inês Sousa Real.