A excelência dos meios de comunicação social nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo é um grande património que temos a sorte de manter.
O novo relatório internacional sobre o consumo de notícias do Instituto Reuters aponta que os meios de comunicação social tradicionais em todo o mundo enfrentam uma forte concorrência das plataformas de redes sociais. Apesar disso, o relatório deste ano mostra também que os meios de comunicação locais, em muitos países, ainda se saem bem na disputa pela atenção com as grandes plataformas tecnológicas.
O impacto das televisões, jornais e rádios da diáspora nas diferentes comunidades é de grande relevância. Estes meios de comunicação não são polémicos, críticos, mas sim amigos e, acima de tudo, informam como vão “as coisas” pelo nosso Portugal, e em cada um dos cantos onde, no mundo, se fala português.
Esta comunicação social tem impacto nas redes, no público, também nas empresas e pode influenciar a resolução de problemas sociais, bem como a formação da opinião pública, ou seja, mudar a sociedade de uma forma geral num sentido positivo. .
Embora vários meios de comunicação com sede nas comunidades portugueses na diáspora locais enfrentem dificuldades financeiras, aquilo que estes mostram no dia a dia não revela dificuldade, mas sim dinâmica, profissionalismo e dedicação.
Em todo o mundo e nas diferentes faixas etárias, existe um elevado grau de interesse pelas notícias locais. E os meios de comunicação locais também deveriam estar a ultrapassar as redes sociais como fontes de notícias preferidas dos Portugueses que vivem fora do território nacional e anseiam pelas notícias locais. O desafio é traduzir esse interesse e utilização em subscritores, ouvintes e leitores.
O programa de apoio à comunicação social da diáspora portuguesa tem que sair das boas intenções e do papel e materializar-se.