Nuno Pardal Ribeiro foi acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de prostituição de menores – um consumado e outro na forma tentada – e vai a julgamento após ter prestado declarações no Tribunal de Instrução Criminal de Cascais.

Na fase de instrução, o vice-presidente da distrital de Lisboa do Chega solicitou a suspensão provisória do processo mediante o pagamento de uma injunção. O pedido foi rejeitado tanto pelo MP como pela família da vítima.

Durante as declarações em tribunal, Pardal Ribeiro admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, então com 15 anos, reconhecendo ainda ter-lhe dado 20 euros. Alegou, no entanto, que o valor não se destinava ao pagamento do ato sexual, mas, sim, para que o jovem pudesse sair para jantar com amigos. O arguido justificou igualmente que desconhecia a idade da vítima, afirmando tê-lo conhecido numa plataforma de encontros destinada a adultos.

Os argumentos apresentados não convenceram a juíza Isabel de Noronha, que decidiu pronunciá-lo nos termos exatos da acusação do Ministério Público.

Segundo a acusação, foi ainda intercetada uma mensagem, apenas visualizada pela Polícia Judiciária (PJ), na qual o ex-dirigente do partido de Ventura se mostrava disposto “a pagar” para voltar a encontrar-se com a vítima.