SOUSA TAVARES CONTINUA EM SILÊNCIO

Apesar da onda de acusações nas redes sociais e nas conversas nos corredores da política e do jornalismo, Miguel Sousa Tavares continua em silêncio. Em causa o artigo de Armando Esteves Pereira, sobre a morte de Teresa Caeiro, e em que explicitamente é referido que a ex-secretária de Estado foi vítima de violência doméstica, colocando o nome do comentador televisivo no centro da polémica.

Tem vindo a engrossar o caudal de críticas, muitas delas nas redes sociais.


Maria João Marques, colunista do Público e comentadora da SIC, defende que “é conveniente haver conversa pública sobre este putativo agressor de Teresa Caeiro – que ela aparentemente queria que tivesse a justiça do que fez. Se esta circunstância se confirmar e era do conhecimento geral, bem, órgãos de comunicação social – que normalmente se fingem muito preocupados com a violência doméstica – têm muitas explicações a dar sobre o tipo de homens que promovem (…) a proteção do ‘sistema’ aos homens abusivos (que agem para destruir mulheres) e que fazem parte do mesmo sistema (de amiguismo, de relações familiares, de favores e ligações políticas e económicas) tem de ser estilhaçado.”

A jornalista Tânia Laranjo, do CM, aponta o facto de que não existem “meias palavras” no que é dito sobre Sousa Tavares “um ex-marido que tem palco na TV e que é pago para formar opiniões”. “Ou é verdade ou é mentira. Mas a dúvida neste caso é insuportável. Vergonhosamente insuportável”.

Também a ex-deputada Joacine Katar Moreira se pronunciou: “Dizem que a elite portuguesa protege-se, mas pelos vistos só protege os seus homens. Este homem, Miguel Sousa Tavares, é um deles.”

Graciete Bernardo, candidata do Chega a Vice-Presidente da Câmara de Oeiras, depois de considerar que Sousa Tavares “ganhou uma certa notoriedade que seria presumivelmente intocável…” deixa um apelo: “Não olhem para o lado e denunciem quando virem alguém vítima de violência doméstica, mulheres, crianças, idosos, homens.”

O 24Horas instou Sousa Tavares a comentar o conteúdo do artigo. Contactado por email, telefone e mensagem, o comentador continua a preferir não desmentir as acusações de que é alvo no texto que deu origem a esta polémica.