A falta de efetivos da Polícia de Segurança Pública (PSP) voltou a marcar a atualidade esta quinta-feira, dia 21. Em Leiria, o presidente da Câmara alertou para o encerramento das esquadras de Leiria e dos Marrazes no último fim de semana, devido à escassez de agentes, classificando a situação como “insustentável”.
Segundo Gonçalo Lopes, o comando distrital conta atualmente com menos 100 polícias do que em 2010, apesar do crescimento do concelho e do aumento das exigências operacionais. O autarca criticou ainda o atraso na criação da Polícia Municipal, cujo regulamento está publicado desde março de 2024, mas que continua a aguardar despacho do Governo. A PSP reconheceu as limitações de meios e admitiu que situações semelhantes se podem repetir, embora garanta que o atendimento ao público e a resposta a ocorrências não foram comprometidos.
Também esta quinta-feira entrou em funcionamento a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF), que arranca com 1200 agentes da PSP afetos ao controlo de fronteiras nos aeroportos e à gestão de processos relacionados com cidadãos estrangeiros em situação irregular. A nova unidade concentra competências que, após a extinção do SEF, tinham sido distribuídas por diferentes organismos, incluindo operações de afastamento e retorno, fiscalização da permanência e instrução de processos de contraordenação.
A UNEF deverá crescer, a médio prazo, para cerca de 2000 elementos, somando polícias, técnicos especializados e outros colaboradores. A Direção Nacional assegura que os agentes destacados para esta unidade foram especificamente recrutados para o efeito.