Na sequência da decisão da CN do seu partido, o Presidente Carlos César afirmou que “o apoio formal a Seguro...
Na sequência da decisão da CN do seu partido, o Presidente Carlos César afirmou que “o apoio formal a Seguro esgota a participação do PS”. Dá para entender ou é preciso fazer um desenho?
O posicionamento do PS face à eleição presidencial é uma “estória” que ainda fará correr muita tinta e terá consequências sérias no futuro do partido.
Entre tantas matérias que dividem os socialistas, esta pode bem ser a “cereja em cima do bolo”.
É evidente que, a partir de 2011, se iniciou no partido um processo de assassinato político de António José Seguro, com António Costa como mentor.
Esta pulsão irracional e suicida condicionou a vida do PS e afastou-o de êxitos eleitorais que poderiam estar ao seu alcance.
Com o estímulo de Costa, as direcções que se seguiram após 2015 usaram a cultura do ódio como forma de resolver divergências políticas.
Destacou-se Augusto Santos Silva, um dos mais violentos detractores do PS e de Soares nos anos a seguir ao 25 de Abril.
Apesar disso, fez carreira “profissional” e chegou (pasme-se!) a presidente da Assembleia da República.
O momento-chave desta política de ódio ocorreu quando, após manifestar interesse na PR, Seguro foi desvalorizado e insultado pelo pretenso senador da República.
Assassínio cívico e político — sem êxito, felizmente.
Santos Silva não está só: é a referência do “califado dos Silvas” que vem empurrando o PS para a insignificância.
Tem apoios e ainda cultiva a esperança de acabar o trabalho de destruição de Seguro que iniciou.
Convém recordar as palavras do actual SG do PS, há cerca de um ano, ao Observador:
“Se Augusto Santos Silva fosse candidato a Presidente da República, o meu apoio estaria com Augusto Santos Silva.”
Ainda é preciso fazer um desenho?