Daniel Catalão, de 57 anos, concorreu ao lugar de correspondente no Brasil e, numa corrida com mais três camaradas de redação, acabou por ser o preferido da administração, presidida por Nicolau Santos, apurou o 24Horas. “É verdade. Senti o apelo de mudar de vida, com esta idade, depois de ter feito as últimas presidenciais no país [ganhas por Lula da Silva], em 2022, e concorri. Fui o eleito, estou feliz”, confirma-nos o jornalista do Porto, em exclusivo.
Daniel Catalão, que nos habituámos a ver nas notícias matutinas da estação pública aos fins de semana, parte já em dezembro para o Rio de Janeiro, cidade onde, se tudo correr bem, espera ficar até 2029. “Sim, vou por três anos, com a possibilidade de ficar mais um”, esclarece Daniel Catalão, ‘cansado’ de estar em estúdio. “Ao contrário da maioria, comecei como pivô. Agora quero rua. Precisava de agitar a minha vida.”
A mulher é brasileira, natural do Rio de Janeiro, e vai naturalmente acompanhá-lo nesta aventura profissional. “Claro que vai comigo”, confessa o jornalista, negando que o ordenado de correspondente da RTP, melhor do que o de pivô, tenha sido um fator determinante para atravessar o Atlântico e aterrar na Cidade Maravilhosa: “Nada disso. É o trabalho de reportagem, o de poder sair do estúdio, que me fez concorrer. Se eu fizer bem as contas, nem vou ganhar muito mais. É ela por ela, pois sou professor na Universidade da Maia e, perante esta mudança, vou ter de fazer uma pausa na minha carreira académica.”
O 24Horas sabe também que, noutro concurso interno na RTP, Pedro Sá Guerra foi o escolhido pela administração para ser o novo delegado da estação em Angola, a “iniciar funções em breve”, como informa o documento a que tivemos acesso, emitido quinta-feira, dia 23.