O problema das longas filas no Aeroporto de Lisboa parecem não ter fim. No entanto o Governo de Luís Montenegro decidiu avançar com algumas medidas de emergência para tentar gerir a situação, avança o jornal Eco.
A primeira medida é a constituição de uma ‘task force’ que junta vários representantes de diferentes pastas ministeriais e entidades, como os ministérios da Administração Interna, Presidência ou Infraestruturas como a ANA, o Sistema de Segurança Interna, a PSP ou a Autoridade Nacional de Aviação Civil, para coordenar a resposta ao problema.
“Foi, de facto, criada uma equipa permanente de gestão de fluxos e estão a ser adotadas medidas de reforço de capacidade e recursos, bem como de gestão operacional e de sistemas, nos vários horizontes de curto, médio e longo prazo”, confirma o Ministério da Administração Interna.
Esta “gestão de fluxos” passa por uma reorganização do espaço no aeroporto destinado aos quiosques automáticos de verificação dos passaportes, de forma a acelerar o novo sistema europeu de entrada e saída no espaço Schengen, que entrou em vigor a 12 de setembro, causando tempos de espera superiores a 90 minutos.
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifestou-se na semana passada, “muito preocupada” com a imagem que o País está a passar para o exterior, adiantando que está em contacto permanente com o Governo, estando já agendada uma reunião com a ministra da Administração Interna para exigir esclarecimentos sobre o que se está a passar no aeroporto de Lisboa, devido nomeadamente às falhas do novo sistema europeu de controlo automatizado de fronteiras”.
Também a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) enviou uma carta ao primeiro-ministro e aos ministros da Economia e da Coesão Territorial, das Infraestruturas e Habitação e da Administração Interna onde expressa “a sua profunda preocupação com a situação que se vive no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa (e, em menor escala, também em Faro) desde a entrada em vigor do novo Sistema Europeu de Controlo de Entradas e Saídas (EES)”.