João Paulo Manoel, de 45 anos, foi detido em São Paulo, Brasil, por suspeita de produção de conteúdo pornográfico infantil e violação de menores.
Conhecido como Capitão Hunter no Youtube, o influenciador produz vídeos sobre o universo Pokémon dirigidos ao público infantojuvenil, reunindo mais de um milhão de seguidores nas várias plataformas digitais.
De acordo com as autoridades brasileiras, o youtuber oferecia cartas colecionáveis e peluches relacionados com a saga japonesa em troca de imagens íntimas de menores de idade.
Uma das vítimas identificadas, atualmente com 13 anos, contou que começou a comunicar com João Paulo Manoel quando tinha apenas 11 anos. O contacto prolongou-se ao longo do tempo e, em 2023, houve mesmo um encontro presencial no Rio de Janeiro, durante um evento dedicado ao tema, onde a adolescente esteve acompanhada pela mãe.
“Ela fazia parte desse público dele, desse universo de Pokémon. Então, ele era como se fosse um ídolo para ela. E nessa condição de vítima, de idolatrá-lo, ela ficou muito vulnerável”, afirmou a delegada Maria Luiza Machado.
As videochamadas iniciais pareciam inocentes, mas a mãe da menina reparou que a filha se tornava tímida ao falar do youtuber. “Ela disse que achou estranho e começou a fazer algumas perguntas. Foi quando a vítima acabou por contar o conteúdo sexual das mensagens”, explicou a delegada.
Segundo o relato da vítima, João Paulo pediu que mostrasse as partes íntimas durante as chamadas de vídeo e, em alguns momentos, chegou mesmo a mostrar o seu órgão genital.
Nos vídeos recolhidos pelas autoridades, o youtuber tentava ganhar a confiança da menor com frases como: “Tu és a minha melhor amiga, confio em ti como nunca confiei em ninguém”.