O príncipe Andrew, irmão mais novo do rei Charles III, perderá título de príncipe, anunciou o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira, em comunicado. A medida extraordinária marca o fim de sua queda em desgraça devido às suas ligações com o predador sexual condenado, Jeffrey Epstein.
No comunicado, o palácio afirmou: “O príncipe Andrew passará a ser conhecido como Andrew Mountbatten-Windsor”. O palácio também informou que Andrew, de 65 anos, será despejado de sua residência, o Royal Lodge, e mudará para uma residência particular.
“Essas censuras são consideradas necessárias, apesar de continuar a negar as acusações que existem contra ele”, declarou o palácio. “Suas Majestades desejam deixar claro que os seus pensamentos e mais profundas condolências estiveram, e continuarão, com as vítimas e sobreviventes de todas as formas de abuso.”
Andrew, como agora passará a ser tratado, emitiu ele próprio um comunicado em que confirma esta sua nova condição. “Em conversa com o Rei e com minha família, concluímos que as acusações contínuas contra mim desviam a atenção do trabalho de Sua Majestade e da Família Real. Decidi, como sempre fiz, priorizar o meu dever para com a minha família e o meu país.” Pode ler-se. O filho mais novo da Rainha Isabel II continua: “Mantenho a minha decisão, tomada há cinco anos, de me afastar da vida pública. Com a concordância de Sua Majestade, sentimos que devo agora dar um passo além. Portanto, não usarei mais o meu título nem as honras que me foram conferidas. Como já afirmei anteriormente, nego veementemente as acusações contra mim.”, conclui.
A perda dos títulos de Andrew resultam do processo civil que Virginia Giuffre moveu nos EUA contra o príncipe Andrew agressão sexual. Ela alegava ter sido sexualmente agredida por ele em 2001, quando tinha 17 anos, na rede de tráfico sexual de Epstein. O príncipe negou todas as acusações, afirmando que não se lembrava de se ter encontrado com ela.O processo foi resolvido extrajudicialmente em fevereiro de 2022, com o príncipe a pagar a Giuffre uma quantia não revelada, evitando um julgamento público em Nova Iorque. Virginia viria a suicidar-se em abril deste ano.


 
								 
								 
								 
													 
													 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								