Roland Lescure, ministro da Economia francês, ameaçou banir a Shein do mercado nacional, depois de terem sido encontradas à venda bonecas sexuais com uma aparência infantil.
A gigante da fast fashion ficou assim no epicentro de uma tempestade digital e social após denúncias de venda de bonecas sexuais com traços infantis. A polémica ganhou força com a abertura da primeira loja física da marca em França, onde manifestantes se reuniram para exigir responsabilidade ética e social. O caso rapidamente se tornou viral nas redes sociais, com hashtags como #SheinBoycott e #ProtectChildren a dominar o Twitter e o Instagram, impulsionando o debate para além das fronteiras nacionais.


Segundo dados de sondagens informais, cerca de 60% dos jovens adultos expressam desagrado total pela marca, e 45% afirmam que deixarão de comprar na Shein se a situação persistir. Organizações de defesa dos direitos das crianças e feministas lideram o movimento, sublinhando os riscos de normalizar a sexualização da infância. “A comercialização destes produtos destrói a inocência e pode ter consequências psicológicas graves”, alerta a psicóloga Ana Oliveira.
A viralização do protesto deve-se à conjugação de indignação moral, mobilização digital e ao historial controverso da Shein em questões laborais e ambientais. A pressão pública já levou a pedidos de regulamentação mais apertada e a campanhas educativas sobre ética no consumo.
Este episódio revela uma sociedade cada vez mais intolerante à irresponsabilidade corporativa e atenta ao impacto cultural das tendências virais. O futuro da Shein, e de outras marcas globais, dependerá da capacidade de responder a exigências éticas crescentes num mercado cada vez mais vigilante.
Perante toda esta pressão, a marca Shein afirmou que vai tirar imediatamente este tipo de produtos do site. Ainda assim, Lescure disse numa entrevista à BFMTV e à RMC que, se situações semelhantes voltarem a ocorrer, pedirá o bloqueio da plataforma em território francês.
Contudo, a Shein não é a única marca a ser ameaçada. A AliExpress, Temu e Wish, onde produtos semelhantes foram encontrados, podem também vir a sofrer consequências.