Os aeroportos nos Estados Unidos têm registado um cenário de forte pressão, com atrasos prolongados, cancelamentos de voos e filas extensas nos controlos de segurança.
A situação, já difícil devido à falta de pessoal e a problemas operacionais acumulados desde a pandemia, pode agravar-se com o cenário de ‘shutdown’ do governo federal.
O ‘shutdown’ — a paralisação parcial do funcionamento do Estado, quando o orçamento não é aprovado pelo Congresso — tem impacto direto nas equipas de segurança aeroportuária (TSA). Em situações anteriores, esta falta de remuneração levou a faltas, demoras e redução de pessoal nos postos de controlo, resultando em tempos de espera ainda mais demorados para os passageiros.
A Administração Federal de Aviação (FAA) e o Departamento de Segurança Interna têm alertado que a falta de pessoal especializado continua a ser um dos maiores riscos para a estabilidade da operação aérea no país. Caso o ‘shutdown’ avance, controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança deverão continuar a trabalhar sem remuneração, o que aumenta a probabilidade de ausências e de atrasos adicionais em toda a rede aeroportuária.
Vários aeroportos como Nova Iorque (JFK), Chicago (O’Hare) e Atlanta têm apresentado filas que ultrapassam uma hora apenas para aceder aos controlos de segurança – um cenário que faz lembrar o que se passa no aeroporto de Lisboa. Passageiros relatam falta de informação clara e mudanças frequentes nos horários de voo.