Com o aeroporto de Lisboa a rebentar pelas costuras, os ‘patrões’ das grandes empresas tecnológicas que pretendem vir até a capital portuguesa participar na edição deste ano da Web Summit, nos seus aviões privados, arriscam-se a ter de ir aterrar a quase 300 quilómetros de distância, a Badajoz, em Espanha – tudo isto porque a ANA não consegue dar vazão à grande procura no Aeroporto Humberto Delgado, que não tem condições para receber um número tão grande de aviões particulares.
O assunto é capa da edição de hoje do conceituado jornal Financial Times, que, com grande destaque, dá conta da organização da conferência ter-se queixado da recusa do aeroporto de Lisboa e da ANA, presidida por José Luís Arnaut, em receber alguns jatos privados.
Esta é a primeira vez que o evento – que reúne dezenas de milhares de visitantes, entre os quais start-ups, delegações governamentais e figuras do mundo da tecnologia – enfrenta um congestionamento desta magnitude.
Em parte, esse congestionamento deve-se ao aumento do número de pessoas que vão marcar presença na conferência. Desde que a Web Summit mudou-se da Irlanda para Portugal, há cerca de dez anos, o número de participantes aumentou seis vezes. O evento reúne mais de mil investidores.
O congestionamento está ainda relacionado com o facto de os magnatas da tecnologia se deslocarem, cada vez mais, em jatos privados e de, este ano, mais de 75 governos enviarem delegações para Lisboa.



