O Banco de Portugal (BdP) recomendou aos cidadãos, pela primeira vez, que mantenham “algum dinheiro físico disponível”. A nota foi feita no Boletim Notas e Moedas, publicado a 31 de outubro, e foi divulgada no seguimento de uma avaliação aos constrangimentos provocados pelo apagão de 28 de abril, onde muitos tiveram dificuldades em fazer pagamentos com cartão e levantar dinheiro, devido à falta de eletricidade.
No documento, o BdP justifica que “um evento súbito, como o que ocorreu há mais de seis meses, revela que o numerário continua a ser indispensável”, salientando ainda que o “o dinheiro físico não é apenas um meio de pagamento: é também um recurso estratégico de continuidade operacional”, que funciona como “rede se segurança, assegurando que a economia prossegue mesmo quando a tecnologia falha”.
Alguns países europeus recomendam entre 70 a 100 euros por cada elemento da família, ou o equivalente para despesas essenciais durante 72 horas. Contudo, a entidade liderada agora por Álvaro Santos Pereira não dá nenhuma indicação sobre o montante dessa reserva.
Para além do dinheiro, a Comissão Europeia recomendou aos cidadãos a criação de um kit de emergência, que deve incluir água, alimentos não perecíveis, medicamentos, além de dinheiro para garantir a autossuficiência de cada cidadão durante pelo menos três dias.