O ministro das Infraestruturas estranhou a posição pública da organização da Web Summit sobre a alegada falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para receber voos privados. Miguel Pinto Luz garantiu, esta terça-feira, dia 11, que “em 102 voos que foram pedidos, só sete é que foram negados”, acusando um dos fundadores da conferência de “excesso de linguagem”.
O governante assegura que a recusa em receber sete dos jatos privados foi motivada por “várias razões”. A situação levou o ministério a emitir um comunicado onde esclarece que as infraestruturas aeroportuárias de Lisboa responderam adequadamente à procura de ‘slots’ para voos privados durante o evento.
O Governo especificou que a Coordenação Nacional de Slots – entidade independente da NAV Portugal responsável pela atribuição de espaços horários para aterrar ou descolar nos aeroportos nacionais coordenados – “recebeu, entre os dias 9 e 13 de novembro, mais de 100 pedidos de ‘slot’ para operações no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), tendo aprovado 95 das solicitações e apenas recusado sete que não puderam, até ao momento, ser acomodados naquela infraestrutura”.
Já no Aeródromo Municipal de Cascais, o ministério disse estarem até ao momento previstos 51 voos para o período referido, enquanto para Faro e para o Porto estão atualmente previstos 29 e 19 voos privados, respetivamente. Em Beja não foram, até agora, registados pedidos de operação.
Tal como o 24Horas noticiou, no sábado, 8, citando o Financial Times, vários jatos privados com destino a Lisboa estavam a ser desviados para Badajoz, em Espanha, devido ao facto de a Portela estar a rebentar pelas costuras. Assim sendo, os ‘patrões’ das grandes empresas tecnológicas ficariam a quase 300 quilómetros de distância.
A situação foi confirmada pela organização da Web Summit, que confirmou ter recebido queixas de delegados forçados a aterrar longe de Lisboa.