As recentes alianças políticas (e consequentes votações nos órgãos autárquicos, saídos das eleições de 12 de Outubro), trouxeram para a...
As recentes alianças políticas (e consequentes votações nos órgãos autárquicos, saídos das eleições de 12 de Outubro), trouxeram para a luz do dia uma nova estratégia da IL.
Condicionada por uma irrelevância galopante – gerada pela incapacidade de marcar a agenda política, incapacidade bem visível nas sucessivas sondagens sobre intenções de voto a nível nacional – a IL, sem qualquer ideia mobilizadora nos tempos de hoje, descobriu um comportamento que entendeu poder tirá-la desse fundo do poço da política portuguesa.
Ainda assim, poderia não ter ideias, mas manter a coerência e a razoabilidade, na busca da estabilidade e do – sempre esperado e consequente – desenvolvimento!!!
Mas não,… preferiu antes trocar isso pelo elogio fácil dos comentadores da noite dos canais televisivos, que se derretem com tudo o que lhes pareça ser anti-Chega ou anti-Trump.
A estes, tudo o que lhes “cheirar” a linhas… vermelhas… aparentemente condicionadoras da força crescente do Chega, faz o pleno do seu êxtase, mesmo que totalmente inconsequente nos resultados.
Sem peso político eleitoral para “quase nada”, a IL manda e condiciona o PSD, a seu bel-prazer!
Como em Sintra, onde a sua direção nacional validou o acordo com o Chega, mas a IL se quis meter em “bicos de pés”…
Ou em Lisboa, na Assembleia Municipal, onde a sua posição anti Chega levou o PSD a ceder… e a “oferecer” a respetiva presidência ao PS.
Linhas vermelhas de uma IL contra o Chega (que pena – dirão entre si – não serem só os comentadores a votar em cada eleição) que não foram traçadas quando o PSD aceitou fazer um acordo, em Beja,… sim quem diria que o PSD, o Partido de Francisco Sá Carneiro, o poderia fazer… com a CDU!!!
Uma IL – partido do quase nada, capaz de dar tudo ao PS – contra o Chega, mas incapaz de criticar um acordo com a CDU… não é um partido com ideologia… mas antes um partido oportunista.
A escolha… entre ser uma força construtiva ou uma força de bloqueio… está feita pela IL.
Mas – ainda assim – a avaliação dessas estratégias,… a força de cada um dos partidos (traduzida em votos a nível nacional, sem disfarces de círculos eleitorais, nas próximas eleições presidenciais) está para breve.
Nesse dia – lamentando o facto de partidos com dimensão nacional se deixarem “agrilhoar” por partidos de nichos residuais, em termos políticos – voltaremos a confirmar que, nos tempos que correm, os combates da IL não compensam eleitoralmente (por muito que isso custe aos próprios e aos tais comentadores)!