O Banco Central Europeu (BCE) iniciou oficialmente o processo de seleção para a vice-presidência, colocando Mário Centeno, ex-governador do Banco de Portugal e antigo ministro das Finanças, entre os nomes mais destacados na corrida ao cargo.
O Governo português ainda não se pronunciou formalmente sobre o tema, mas deverá mesmo apoiar Mário Centeno, assegura o jornal Eco. Na corrida estão também o finlandês Olli Rehn, o croata Boris Vujčić e Christina Papaconstantinou, vice-governadora do banco central da Grécia.
A escolha do novo vice-presidente reveste-se de particular importância num contexto de incerteza económica e desafios persistentes para a zona euro, onde a liderança do BCE assume papel central na definição das políticas monetárias e na estabilidade financeira do bloco.
A candidatura de Centeno surge num momento em que a Europa procura reforçar a coesão entre os seus Estados-membros, especialmente após a crise pandémica e perante as pressões inflacionistas. Reconhecido internacionalmente pela sua gestão durante a recuperação económica portuguesa, Centeno é visto como um defensor do equilíbrio entre disciplina orçamental e estímulo ao crescimento, tendo sido elogiado por figuras como Christine Lagarde, presidente do BCE.
A presença de um candidato do sul da Europa é interpretada por analistas como sinal de abertura do BCE à diversidade de experiências e sensibilidades regionais, podendo contribuir para uma abordagem mais inclusiva na resposta aos desafios económicos.