O desporto motorizado voltou a afirmar-se como uma das maiores atrações em Portugal, com o Grande Prémio de MotoGP a estabelecer um novo recorde de assistência. De acordo com os dados oficiais do Autódromo Internacional do Algarve, a edição deste ano recebeu 183.000 espetadores, quase mais 10.000 do que em 2024, pulverizando o anterior máximo.
Num contexto em que o desporto nacional procura afirmar-se internacionalmente, este número impressionante de adeptos reflete não só o crescente interesse dos portugueses pelo MotoGP, mas também a capacidade do país em organizar eventos de grande escala. O impacto económico e turístico é grande, com hotéis, restaurantes e comércio local a beneficiarem do fluxo de visitantes nacionais e estrangeiros.
Em pista, a competição também não desiludiu. Miguel Oliveira, o principal representante português, foi o nome mais ovacionado, apesar de apenas ter terminado no 14.º lugar: “É sempre especial correr em casa, sentir este apoio é único”, afirmou o piloto da Pramac Yamaha, sublinhando a importância do evento para a sua carreira e para a promoção do motociclismo em Portugal.
A crescente popularidade do MotoGP em solo nacional pode traduzir-se, a médio prazo, num maior investimento na formação de jovens pilotos e na melhoria das infraestruturas desportivas. Além disso, o sucesso organizativo reforça a candidatura de Portugal a receber mais provas internacionais, não só no motociclismo, mas também noutras modalidades motorizadas, como o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já referiu a possibilidade da F1 regressar. Contudo, desde que afirmou que o Grande Prémio de F1 ia regressar a Portugal, mais nada se ouviu falar sobre essa hipótese.