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  • 'Uma greve geral para reclamar o quê?', Luís Montenegro
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Contra tudo o que defendeu na sua campanha eleitoral em Cascais, João Maria Jonet, o comentador da SIC que nas últimas eleições liderou uma lista de independentes à autarquia cascaense, votou surpreendentemente contra o projeto que prevê a construção, na zona da Aldeia do Juso, do maior parque urbano do município. Um voto que muitos apontam ter tido o ‘dedo’ do poderoso escritório de advogados que representa o fundo proprietário dos terrenos e que é liderado, nada mais nada menos, pelo mandatário da candidatura de Jonet.

João Maria Jonet e o seu colega António Castro Henriques, o antigo administrador do Millennium bcp que em 2010 foi multado e inibido pelo Banco de Portugal de exercer funções na banca, foram os únicos vereadores a votar contra uma proposta aprovada pelos restantes nove, nomeadamente do PSD, CDS, Partido Socialista e Chega.

A insólita posição de Jonet, que durante a sua campanha eleitoral elegeu o combate ao que chamava de “feroz e vertiginosa urbanização” de Cascais como a sua principal prioridade, é vista como uma contradição difícil de explicar.

No entanto, há quem aponte o facto de ser a sociedade de advogados liderado pelo seu mandatário de candidatura, Nuno Galvão Teles, a representar o fundo que é proprietário dos terrenos em causa, como a razão que levou Jonet a votar contra o exercício do direito de preferência por parte da Câmara Municipal.

A história conta-se em duas penadas:

O terreno, localizado mesmo no final da autoestrada, é uma das últimas zonas verdes contínuas do concelho e sempre esteve sujeito a forte pressão urbanística, principalmente nos últimos anos, quando se soube da intenção dos proprietários em construir projetos imobiliários de forte densidade e até mesmo do eventual prolongamento da A5 até à zona da Areia-Guincho, uma hipótese que chegou mesmo a ser admitida pelo anterior presidente da autarquia.

O terreno com uma área de 450 mil metros quadrados foi propriedade da fundação Aga Khan que, entretanto, o vendeu a um fundo imobiliário fechado – o Lusofundo – gerido pela sociedade anónima Statusdesafio Capital. Localizado numa zona estratégica do concelho, mesmo à medida de gigantescos interesses de construção, o que hoje é um autêntico ‘pulmão’ ambiental daria lugar mais dia menos dia a uma impenetrável selva de betão.

Só que pelos vistos, o agora presidente da câmara, Nuno Piteira Lopes, eleito pela coligação Viva Cascais (PSD e CDS), não esteve pelos ajustas e resolveu travar a possibilidade de nascer ali um megalómano empreendimento imobiliário.

Sabendo que o fundo se preparava para vender o terreno a dois outros fundos imobiliários (Country Ways e Logical Syntony), por cerca de 30 milhões de euros, a câmara optou por recorrer a um empréstimo bancário e exercer o direito de preferência a fim de comprar os 450 mil metros quadrados com o objetivo de criar ali o maior parque verde do concelho, cinco vezes maior que o parque Marechal Carmona, localizado no centro da vila.

A proposta da câmara de transformar o terreno num parque urbano acessível a todos mereceu o apoio da esmagadora maioria dos 11 vereadores daquela autarquia, do Chega ao PS, mas surpreendentemente teve a forte oposição de João Maria Jonet e do seu único companheiro vereador, Castro Henriques, que na última campanha eleitoral fizeram do combate à construção desenfreada o seu principal cavalo-de-batalha, e que para espanto de todos votaram contra.

O estranho voto de João Maria Jonet, tem para muitos uma explicação:  ainda há semanas, a sua candidatura contou com o apoio de figuras de proa do poderoso escritório Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados – sociedade de advogados com interesses no fundo proprietário dos terrenos. O advogado Nuno Galvão Teles, que lidera a administração daquela sociedade, foi o mandatário escolhido por Jonet, além de também ter sido o último da lista de Jonet à vereação, e Francisco Mendes da Silva, outro dos sócios desse escritório, integrou a sua comissão de honra. Coincidência, ou não, a advogada Andreia Bento Simões, sócia do mesmo escritório, é a representante do Lusofundo no negócio de transação do terreno.

O plano de aquisição dos terrenos por parte da autarquia de Cascais representa, segundo o presidente Nuno Piteira Lopes, “uma medida estratégica e emblemática para o futuro de Cascais”. Permite ao município garantir que os 450 mil metros quadrados serão mantidos como espaço verde, criando assim “o maior parque urbano de Cascais que contribuirá decisivamente para o nosso compromisso de, até 2029, alcançar 15 metros quadrados de espaço verde por habitante”, assegura Piteira Lopes.

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