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Paulo Vieira da Silva

Na arena política o ódio transformou-se num verdadeiro terramoto político capaz de abalar ou mesmo, em alguns casos, implodir os...

Na arena política o ódio transformou-se num verdadeiro terramoto político capaz de abalar ou mesmo, em alguns casos, implodir os alicerces das democracias.

A política baseada no ódio tornou-se um factor desestabilizador em que a sua utilização não tem como objectivo negociar ou reformar, mas sim atacar as instituições, romper com pactos ou desmantelar os códigos da urbanidade política.

Em momento algum podemos confundir o ódio com o direito à indignação que deve ser entendido no quadro regular do funcionamento das instituições como um instrumento de pressão ou negociação. Por sua vez, o ódio é virulento, empurra os limites para os extremos, abrindo fissuras profundas numa sociedade.

A disseminação do ódio, juntamente com o medo e o ressentimento, é o combustível utilizado pelos partidos políticos extremistas, normalmente de uma direita mais radical.

Estes partidos utilizam o ódio de uma forma estratégica populista, transformando as emoções individuais numa força colectiva organizada.

A mobilização de emoções negativas como o medo, elegendo temas como a perda de identidade nacional, a insegurança ou a imigração e o ressentimento contra a corrupção e a subsidiodependência, em que o ódio é o denominador comum transformando o medo e ressentimento na sua acção política quotidiana.

Este discurso de ódio é frequentemente veiculado nas redes sociais, através de uma linguagem simplista, que estabelece uma ligação directa e emocional com o eleitorado, sem qualquer crivo ou contraditório, transformando-se numa aparente pedagogia política.

O ódio transforma-se rapidamente no instrumento táctico que funciona como forma de agente catalisador do descontentamento social, que desafia o sistema e define uma clara distinção entre o “nós”, o povo honesto e trabalhador, e o “eles”, as elites, os corruptos, os imigrantes e as minorias.

Em síntese, o discurso do ódio constitui o caldo de cultura emocional que mobiliza os cidadãos à volta dos partidos radicais que, por sua vez, prometem desafiar os partidos políticos tradicionais e as suas políticas responsáveis pelo desacreditar colectivo de um povo.