Uma poderosa explosão abalou, na noite de 14 de Novembro de 2025, a zona industrial de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires, provocando um incêndio de grandes proporções e deixando pelo menos 24 feridos, segundo as autoridades locais. O incidente ocorreu numa planta química próxima ao Aeroporto Internacional de Ezeiza, levando à rápida mobilização dos serviços de emergência e ao corte temporário de acessos rodoviários na região.
Ezeiza, tradicionalmente um polo industrial estratégico da Argentina, volta assim a ser palco de preocupações quanto à segurança das suas infraestruturas. As investigações preliminares apontam para uma falha técnica como possível causa da explosão, embora as autoridades mantenham várias linhas de inquérito em aberto. O professor Carlos Marquez, especialista em segurança industrial, sublinha: “Este incidente evidencia a necessidade urgente de revisão das normas de segurança e de auditorias rigorosas nas fábricas do país”.
A explosão reacendeu o debate público sobre a fiscalização das indústrias químicas argentinas, frequentemente acusadas de negligenciar a manutenção e a segurança em prol da redução de custos. Organizações de defesa do ambiente e sindicatos exigem maior transparência e responsabilização das empresas, recordando tragédias anteriores como a de Cromañón.
Greenpeace faz alerta ambiental uma vez que a zona da explosão ocorreu no polo industrial Spegazzini, em Ezeiza, que concentra diversas indústrias químicas, plásticas e de agrotóxicos “A saúde está em primeiro lugar. É fundamental que as autoridades e as empresas envolvidas informem imediatamente que gases estão a entrar na atmosfera e se outros podem vir a ser libertados, assim como os riscos associados à saúde da população e do ambiente”, publicou a organização nas suas redes sociais, exigindo ainda que “os protocolos de emergência devem ser ativados sem demora, com informação clara e pública”.
O Governo argentino já anunciou o reforço das inspeções e promete rever a legislação em vigor.