O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) iniciou às 00h00 desta segunda-feira, dia 17, uma greve com garantia de serviços mínimos. A paralisação, que deverá prolongar-se até 17 de dezembro, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP).
De acordo com o presidente do SNBP, Sérgio Carvalho, a greve “só vai parar” quando o sindicato for recebido pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Em causa estão vários problemas estruturais que, segundo o sindicalista, têm sido ignorados ao longo dos últimos anos: falta de equipamentos de proteção individual, escassez de efetivos, viaturas sem guarnição e outras “sem equipamento específico há vários anos”, além de instalações consideradas inadequadas para o serviço diário.
Sérgio Carvalho recordou ainda que os sapadores estão a assegurar um serviço de prevenção permanente de 24 horas no heliporto do Hospital de Santa Maria, sem qualquer compensação adicional. O dirigente sindical sublinha que, noutros hospitais do País e noutras regiões, este tipo de trabalho é remunerado, “com valores bastante consideráveis”, ao contrário do que acontece em Lisboa.
A greve incidirá sobre serviços considerados não essenciais, como prevenções, vistorias, limpezas de pavimento e outras atividades que não comprometam o socorro à população. Ainda assim, o sindicato alerta para que as prevenções associadas às aterragem e descolagens no heliporto de Santa Maria serão afetadas por se tratar de um serviço de prevenção e não de emergência.
Para o SNBP, “o regimento não pode continuar a prestar um serviço gratuito ao Ministério da Saúde quando não está em causa o socorro imediato”, insistindo na necessidade urgente de diálogo com a autarquia para resolver as carências acumuladas.