A Polícia Judiciária está, esta terça-feira, dia 18, a realizar buscas na TAP e noutras empresas e escritórios de advogados por suspeitas de crimes cometidos no processo de privatização da companhia aérea, em 2015.
Segundo avançam diversos meios de comunicação social, a investigação está relacionada com a compra da TAP por parte de um consórcio encabeçado pelos empresários David Neelman e Humberto Pedrosa. Em causa estão suspeitas de crimes como fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e branqueamento.
O inquérito que decorre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e que conduziu a esta investigação teve origem numa queixa apresentada, em 2023, por Pedro Nuno Santos e Fernando Medina, à época ministros dos Transportes e das Finanças, respetivamente. As autoridades suspeitam que David Neelman tenha utilizado fundos próprios da empresa da aviação para comprá-la, juntamente com Humberto Pedrosa.
As possíveis infrações foram sinalizadas pela Inspeção-Geral de Finanças que, em 2024, encontrou coincidências entre o valor das prestações suplementares de capital que os dois empresários estavam obrigados a fazer na TAP e um contrato já existente entre a transportadora estatal e a fabricante de aviões Airbus.
A Barraqueiro, empresa de transportes que pertence a Humberto Pedrosa, é outra das entidades que está a ser visada por esta investigação judicial.