Greta Thunberg, de 22 anos, foi proibida de permanecer em Veneza durante 48 horas e multada em aproximadamente 154 euros após participar numa ação do movimento Extinction Rebellion que tingiu de verde as águas do Grande Canal. De acordo com o jornal The Independent, outros 35 ativistas receberam sanções idênticas. O grupo garantiu que o corante utilizado era inofensivo e tinha como objetivo alertar para os “impactos graves do colapso climático”.
A manifestação teve lugar no encerramento da COP30, a conferência da ONU que decorreu no Brasil. Para além de alterar a cor das águas, os ativistas colocaram uma faixa com os dizeres “Parem o Ecocídio” na Ponte Rialto e protagonizaram uma intervenção performativa, com participantes vestidos de vermelho e véus a deslocarem-se lentamente entre os turistas.
Luca Zaia, governador do Véneto, considerou a ação “uma falta de respeito pela cidade, pela sua história e fragilidade”, alertando para possíveis consequências ambientais. Por outro lado, alguns visitantes interpretaram o protesto como legítimo e útil para chamar atenção à incapacidade dos líderes globais em lidar com a crise climática.
O Extinction Rebellion revelou que ações similares ocorreram em dez cidades italianas, incluindo o tingimento de fontes em Génova e Pádua e de rios em Turim, Bolonha e Taranto. O movimento acusou ainda o governo de Giorgia Meloni de impedir medidas climáticas mais ambiciosas na COP30.