Apesar do crescimento económico, muitas famílias portuguesas continuam a enfrentar dificuldades para cobrir despesas básicas, como alimentação, medicamentos e habitação.
Em 2023, o risco de pobreza e exclusão social registou uma ligeira redução, mas manteve-se acima dos 16%, segundo dados da Pordata. Quase dois milhões de pessoas, cerca de 1,8 milhões, vivem com menos de 632 euros mensais.
Num País com população envelhecida, os idosos são cada vez mais vulneráveis, com o risco de pobreza a aumentar nesta faixa etária. As famílias monoparentais com filhos também permanecem entre os grupos mais expostos.
Ter emprego não é garantia de proteção: estatísticas do Eurostat indicam que mais de 9% dos trabalhadores em Portugal estão em risco de pobreza, situando o País acima da média da União Europeia.
Portugal figura entre os países com menores rendimentos familiares da UE, superado apenas pela Letónia, sendo o Luxemburgo o país com os rendimentos mais elevados. Em 2023, o rendimento médio declarado por português após descontos de IRS foi de 1.155 euros brutos por mês.
A localização geográfica influencia fortemente os rendimentos. Nos concelhos mais pobres, todos situados no Interior Norte, cada pessoa aufere menos de 400 euros por mês em média. É o caso de Resende (Viseu), Valpaços e Montalegre (Vila Real). Em contrapartida, Oeiras continua a liderar como o concelho com famílias mais abastadas do País.