A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, de 65 anos, afirmou esta terça-feira, dia 2, que espera ver cumpridos os serviços mínimos para evitar a requisição civil na greve geral, marcada pela CGTP e UGT para o próximo dia 11.
Em declarações à imprensa, a governante foi esclarecedora: “Não prevemos neste momento que haja requisição civil, não podemos prever a priori (…) Esperamos que o cumprimento dos serviços mínimos torne absolutamente desnecessária qualquer requisição civil.”
Maria do Rosário Ramalho falou também sobre as mudanças a promover na lei laboral, garantindo que “nenhuma das alterações” a esta legislação presentes na proposta do Governo irá facilitar os despedimentos.
Nas mesmas declarações, proferidas em Bruxelas, na sequência de uma reunião ministerial, que decorreu na capital belga e juntou as principais instituições da União Europeia, Maria do Rosário Ramalho acrescentou que não realizou mais reuniões com a UGT, assumindo que está focada na preparação desta greve.
Mas a ministra não se ficou por aqui e aproveitou para apontar o dedo às causas que motivaram este ato reivindicativo. “Já estamos todos um bocadinho cansados de greves por razões políticas”, declarou. Por fim, Maria do Rosário Ramalho rejeitou a ideia de que a proposta governativa é fechada a contributos externos: “Todas as soluções que estão propostas são propostas (…), há, com certeza, como sempre houve, um caminho para nos encontrarmos, com compromissos de parte a parte.”