O Mundial 2026 é visto pelos adeptos como a ‘última dança’ entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que foram durante 20 anos os grandes rivais no mundo do futebol. Mas, afinal, o último confronto pode não acontecer.
O craque argentino, de 38 anos, deu uma entrevista ao canal desportivo norte-americano ESPN onde assumiu que pode não fazer parte do plantel albiceleste para o Mundial que se irá realizar no próximo verão no México, EUA e Canadá.
“A verdade é que temos falado bastante sobre isso. Ele [Scaloni, o selecionador] percebe, e temos falado bastante. Ele diz-me sempre que gostaria que eu estivesse lá, fosse qual fosse o papel. Nós temos uma relação de grande confiança, e podemos falar sobre tudo”, revelou o lendário número 10.

Ainda assim, apesar de não confirmar a sua presença, acrescentou que gostaria de participar pela última vez nesta competição: “Eu espero poder estar lá. Já disse antes que adoraria estar lá. No pior dos cenários, estarei lá a ver, ao vivo, mas vai ser especial. O Mundial é especial para toda a gente, para qualquer país, especialmente para nós, porque vivemos a competição de uma maneira completamente diferente.”
O astro argentino falou ainda sobre as possibilidades da seleção treinada por Lionel Scaloni vir a renovar o título de campeão do mundo: “Temos jogadores extraordinários, e isso ficou à vista, ao longo dos anos, especialmente, com o desejo e entusiasmo sentido desde que Scaloni chegou. A mentalidade que todos têm… É um plantel repleto de vencedores, com mentalidades fortes, que querem vencer mais, e isso é contagiante. Dá para ver nos treinos, nos jogos… Se os vires a treinar, eles dão tudo. Somos um grupo fantástico, que se dá muito bem, mas, nos treinos ou em certos exercícios, se têm de entrar duro, entram duro.”

Messi rasgou-se em elogios aos seus companheiros argentinos e falou sobre o segredos da Argentina para o sucesso recente: “Toda a gente dá tudo, e isso é uma enorme força deste grupo e desta seleção nacional. Scaloni e a sua equipa técnica construíram tudo isto. O ambiente do dia a dia vem deles. Continuam a aparecer novos jogadores. À parte dos que já lá estão, vão surgindo caras novas. Quando um grupo é assim, é mais fácil que os novos se integrem.”
La Pulga, recorde-se, conquistou o troféu que mais desejava – o Mundial de seleções –, em 2022, no Qatar, depois de uma final histórica, frente à França, repleta de emoções do início ao fim. No final do prolongamento o jogo terminou empatado, 3-3, com dois golos de Messi, e a decisão foi para as grandes penalidades, onde a Argentina venceu.
Nesse mesmo Mundial, Portugal foi eliminado por Marrocos nos quartos-de-final, por 1-0, e Cristiano Ronaldo saiu do campo lavado em lágrimas. Quatro anos depois, o capitão da Seleção Nacional vai tentar igualar o feito de Leo Messi.