A recente distinção atribuída a Portugal pela revista The Economist, que elegeu o País como ‘economia do ano’ de 2025, evidencia a recuperação económica e a capacidade de adaptação da nação face aos desafios globais. No ranking anual que compara 36 das economias mais desenvolvidas, Portugal, que vai enfrentar uma greve geral na quinta-feira, dia 11, destacou-se pelo forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação controlada, desempenho sólido do mercado de trabalho e valorização da bolsa de valores. Este reconhecimento surge como um reflexo do dinamismo económico que o País tem vindo a demonstrar nos últimos anos.
O crescimento do PIB português foi impulsionado principalmente pelo turismo e pelo aumento da procura interna, com o terceiro trimestre de 2025 a registar um crescimento homólogo de 2,4% e 0,8% em cadeia, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este desempenho surpreendeu muitas estimativas e coloca Portugal acima da média da zona euro, demonstrando resiliência e capacidade de crescimento mesmo em cenários globais desafiantes.
Outro fator destacado pela revista é a capacidade de Portugal de atrair residentes estrangeiros com elevado poder económico, beneficiando de um sistema fiscal considerado favorável. Esta dinâmica contribui não só para o investimento no País, como também para a criação de emprego, reforçando a estabilidade económica e estimulando setores estratégicos. O Governo, liderado por Luís Montenegro, considera este reconhecimento como uma justa valorização do trabalho dos portugueses e reafirma o compromisso de continuar a implementar reformas que promovam a competitividade, o emprego e o bem-estar social.
Apesar do bom desempenho, porém, os especialistas alertam para a necessidade de manter o crescimento de forma sustentável. As projeções da OCDE indicam que a economia portuguesa deverá crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, apontando para uma trajetória positiva, mas mais moderada. Estes dados sublinham que Portugal apresenta hoje fundamentos sólidos, mas que é essencial consolidar políticas económicas e sociais que garantam estabilidade, resiliência e prosperidade duradoura.