Leonardo Torloni, filho da atriz Christiane Torloni e do realizador Dennis Carvalho, está a ser acusado por Carla Sarni, CEO do Grupo Salus, de extorsão.
De acordo com a empresária, o ator procurou a empresa inicialmente para falar sobre problemas financeiros relacionados às franquias que possuía e à negociação de dívidas. No entanto, durante uma reunião, teria mudado de postura e passado a exigir o pagamento de 3,9 milhões de reais, cerca de 613 mil euros e ameaçou tornar o caso público caso o seu pedido não fosse satisfeito. Carla Sarni alega que Torloni não teria direito ao valor que exigia.
Ao jornal Gente, a defesa do ator enviou o seguinte comunicado: “Leonardo Torloni sofreu danos materiais de vulto, causados pela conduta negocial do Grupo Salus, sob a condução de sua presidente, a Sra. Carla Sarni. Torloni exercerá seu direito legítimo de ação para buscar ressarcimento pelos danos que lhe foram causados. Antes disso, todavia, em favor da boa-fé e da consensualidade, notificou a contraparte para tentar uma solução amigável. A notificação foi respondida. Ambas as missivas dão conta de que as tratativas se deram em ambiente de urbanidade e tecnicidade. A acusação amplamente divulgada na imprensa causa perplexidade e indignação e dará ensejo à tomada de medidas judiciais cabíveis.”
Após ter apresentado a queixa, Carla Sarni está agora a enfrentar uma vaga de denúncias públicas feitas por vários outros sócios e franchisados como Giolaser, Sorridents e Olhar Certo, tudo empresas da área da saúde.
Os empresários ligados a essas marcas afirmam que a gestão da empresária tem sido marcada por exigências que ultrapassam os termos contratuais. Segundo os testemunhos, a reação da executiva quando confrontada terá também sido hostil.
O dentista Luan Sales, da Sorridents, contou ter enfrentado sérias dificuldades financeiras após assumir uma unidade: “Infelizmente faço parte do grupo de profissionais que acreditou em números manipulados… quando adquiri a unidade considerada perfeita, deparei-me com uma realidade devastadora.”
Outra sócia, Priscila de Almeida, que trabalhava no Olhar Certo e é casada com um familiar da própria Carla Sarni, referiu que confiava na gestora devido à relação familiar: “Toda a gente percebeu que ela não era correta quando o Crescera, que é um fundo de investimento, entrou no negócio e comprou apenas a parte da Carla.”
Outro testemunho foi o de Sabrina Balkani, que acusou a executiva de incentivar práticas ilegais e de encerrar clínicas de forma injustificada: “Ensinava a não pagar impostos, fraude fiscal, fraude laboral… quando percebi que ninguém se preocupava com o doente, passei a ser uma peça descartável.”


Christiane Torloni, que está em Portugal numa digressão, com o filho Leonardo. Na foto ao lado, Carla Sarni