A Flotilha Global Sumud (GSF) está de regresso. O anúncio foi feito em comunicado e os ativistas garantem que se vai tratar da “maior ação civil coordenada por via marítima para a Palestina”, composta por 100 navios, cerca de 3 mil participantes de mais de 100 países diferentes.
Esta ação é descrita como uma “expansão decisiva” que terá mais do dobro da capacidade da última, que foi intercetada por Israel, em outubro.
De acordo com a organização, o objetivo da missão não passa pela “simples entrega de ajuda humanitária”, mas por garantir uma “presença civil sustentada e especializada” em Gaza, destinada a “reconstruir as infraestruturas civis básicas destruídas por dois anos de genocídio”.
Outro dos objetivos da missão é a criação de uma “presença de proteção civil desarmada”. De acordo com a GSF, estes civis estarão “altamente treinados para trabalhar ao lado das comunidades palestinianas, ajudando a dissuadir a violência, documentar violações dos direitos humanos e fortalecer os mecanismos locais de proteção e responsabilização face aos contínuos ataques do regime israelita contra civis e infraestruturas civis”.
A missão contará ainda com “mais de mil profissionais de saúde a bordo de navios com medicamentos e equipamento vital”, que irão coordenar esforços com os profissionais locais e com as equipas já presentes no território. O propósito passa por “reforçar os cuidados de emergência e estabilizar um sistema de saúde devastado”.
Entre os objetivos assumidos estão “ajudar a romper o cerco israelita”, “afirmar o direito dos palestinianos a acederem à sua costa e ao mundo exterior” e “expor a cumplicidade internacional que permite o bloqueio ilegal, a ocupação e o genocídio de Israel”.
A organização recorda que a primeira missão da Flotilha partiu de Barcelona a 1 de setembro, com 20 embarcações, mas que, entre 2 e 3 de outubro, “Israel intercetou mais de 40 embarcações e deteve um total de 473 tripulantes”, incluindo os quatro portugueses, Mariana Mortágua, Miguel Duarte, Sofia Aparício e Diogo Chaves.