Carlos Moedas assumiu a responsabilidade política perante o trágico acidente no elevador da Glória.
Em entrevista à jornalista Clara de Sousa, este domingo, na SIC, o presidente da Câmara de Lisboa afirmou que “a responsabilidade política é minha”, explicando, no entanto, que essa responsabilidade é a de “de ter e ser o acionista de uma empresa para a qual eu tenho uma estratégia. Eu não posso interferir na gestão dessa empresa, eu só posso como gestor da câmara e acionista da empresa dar ou não condições para que essa empresa funcione, que aumente e que invista mais nos transportes em Lisboa. Foi isso que fizemos”.
O autarca lisboeta lamentou ter visto aproveitamento político de toda esta situação. “Vi com uma certa repugnância e mágoa aproveitamento político nestes dias de luto”. Garantindo de forma perentória: “Nesta tragédia não há nenhum erro que possa ser imputado ao presidente da Câmara”.
Questionado sobre uma possível demissão de Filipe Anacoreta, Moedas respondeu: “Daqui ninguém sai. Não há possibilidade disso. Ninguém se pode demitir disto, isto é demasiado grave. Isso é uma cobardia alguém se demitir”, sustentando a confiança no número dois do município de Lisboa “tenho um vice que deu a vida para estar aqui”, declarou.
O edil lisboeta explicou ainda que se “alguém provar que houve um erro político eu demito-me obviamente”. E aproveitou o momento para atacar a rival Alexandra Leitão e o Partido Socialista, defendendo que o PS lhe fez ataques dissimulados através da candidata à Câmara de Lisboa, que não pede a sua demissão diretamente, “mas manda todos os seus sicários fazê-lo”, referindo Pedro Nuno Santos como um deles e realçando a discrepância entre estas duas personalidades políticas e José Luís Carneiro, que diz ser um líder centrista que se afasta dos radicais que dividem o PS.