A reunião na Câmara de Lisboa (CML) desta segunda-feira, dia 8, dedicada às consequências do acidente no Elevador da Glória, foi interrompida a meio da manhã para análise das propostas apresentadas pelos partidos. Carlos Moedas abandonou a sessão, gesto que originou fortes críticas da oposição.
Segundo o ECO/Local Online, o atual presidente da CML saiu para reunir-se com a ministra da Saúde, no âmbito da visita aos feridos hospitalizados. Ainda assim, vereadores do Livre e do PS acusaram-no de se ausentar num momento crucial. Rui Tavares sublinhou que Moedas apenas participou no ponto inicial, relativo ao luto municipal, e não interveio no debate com o presidente da Carris, Pedro Bogas e Pedro Anastácio lamenta a “pouca presença” do edil nas reuniões, revelando falta de liderança perante “o momento mais trágico da cidade em 60 anos”.
João Ferreira, vereador e novamente candidato do PCP à Câmara de Lisboa, defendeu o fim da externalização da manutenção, enquanto o PS pediu garantias sobre a fiabilidade do serviço.
Na mesma sessão, o executivo liderado por Moedas apresentou medidas de homenagem ao guarda-freio André Marques, entre as quais a atribuição do seu nome a uma rua, a criação de uma bolsa de estudo para os descendentes e o batismo de um elétrico com o seu nome. O presidente da Câmara defendeu ainda a construção de um memorial coletivo às vítimas.
O acidente no Elevador da Glória, que provocou 16 mortes, terá resultado da rutura do cabo que ligava as carruagens.