Madrid vive dias de tensão e vigilância redobrada. A coincidência entre a chegada da Vuelta a Espanha à capital e a realização da cimeira da NATO levou as autoridades espanholas a implementar um dos maiores esquemas de segurança dos últimos anos. Cerca de 10.000 agentes, entre polícias e guardas civis, patrulham as ruas, numa operação que visa garantir a ordem pública e a segurança dos líderes mundiais presentes, mas também dos milhares de cidadãos e manifestantes que se fazem ouvir.
A cimeira da NATO, marcada por debates sobre o aumento dos gastos militares e o papel da aliança no contexto internacional, atraiu protestos de organizações pacifistas e movimentos sociais, que criticam a militarização do espaço público e alertam para o risco de repressão das vozes dissidentes. “A presença massiva de forças de segurança pode intimidar quem pretende manifestar-se pacificamente”, sublinha um porta-voz do Colectivo pela Paz.
Em 2022, Madrid já tinha sido palco de manifestações contra a NATO, levando as autoridades a apostar numa estratégia preventiva robusta.