O escritório de advogados do qual Pedro Rebelo de Sousa, irmão do Presidente da República, é fundador e senior partner, SRS Legal, emitiu um comunicado à imprensa em que justifica as buscas realizadas pela Polícia Judiciária na sua sede, esta terça-feira.
Na nota divulgada, o SRS Legal esclareceu que as “diligências de busca e apreensão”, realizadas pelo Ministério Público no seu escritório, foram feitas no âmbito de um processo de averiguação de um caso referente a 2022 e que “envolveu um cliente da SRS Legal à data”, a TAP.
A sociedade de advogados refere ainda que “as buscas incidiram sobre correspondência eletrónica relacionada com o objeto do processo suprarreferido e cingiram-se ao período temporal relativo ao ano civil de 2022”, justificando que, para ser possível copiar e apreender a referida correspondência, por parte de uma equipa de buscas, numa sociedade de advogados, é necessária a constituição de arguido.
O escritório de advogados do irmão de Marcelo Rebelo de Sousa garante também que tal não passa de uma habitual formalidade neste tipo de diligência e que foi, da sua parte, prestado todo o apoio às autoridades.
Recorde-se que as buscas realizadas no escritório de Pedro Rebelo de Sousa colidiram em simultâneo com as que foram realizadas na TAP durante o dia de terça-feira e remetem à investigação do processo de despedimento de Alexandra Reis como administradora da TAP, que culminou com o pagamento de uma suspeita indemnização de 500 mil euros à antiga gestora da companhia aérea.