Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os filmes estrangeiros exibidos nos Estados Unidos. A medida, justificada como uma estratégia para proteger a indústria cinematográfica americana, insere-se numa linha de continuidade do protecionismo económico que marcou a anterior administração Trump, agora reacendida no contexto de uma nova campanha eleitoral.
A decisão surge num momento em que Hollywood enfrenta uma concorrência crescente de produções internacionais e de plataformas de streaming, que têm diversificado a oferta e conquistado audiências globais.
Segundo dados da AP News, filmes estrangeiros representam cerca de 30% dos lançamentos anuais nos EUA, percentagem que poderá cair drasticamente caso a tarifa seja implementada, com impacto direto no acesso do público americano à diversidade cultural.
A medida já provocou reações internacionais, com vários países europeus a ponderarem retaliações comerciais. A Variety sublinha que o aumento dos custos poderá ser transferido para os consumidores, tornando os bilhetes mais caros e limitando a escolha. Por outro lado, a BBC destaca o risco de uma “homogeneização cultural”, com a redução da presença de narrativas e estilos cinematográficos não americanos.