O governo dos Estados Unidos iniciou um encerramento parcial das suas atividades após o Congresso não ter conseguido chegar a um acordo sobre o novo orçamento federal. O impasse, marcado por profundas divergências entre democratas e republicanos, impede a aprovação do financiamento necessário para manter o funcionamento pleno dos serviços públicos, colocando em risco o acesso da população a serviços essenciais.
Este fenómeno, conhecido como “shutdown”, não é inédito na história norte-americana. Em 2013 e entre 2018 e 2019, episódios semelhantes resultaram em prejuízos económicos significativos e na suspensão de salários para milhões de funcionários públicos. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, cada semana de paralisação pode custar milhares de milhões de dólares à economia.
Bob Reisch, analista financeiro, sublinha que “um encerramento prolongado poderá conduzir a uma recessão ligeira em 2024”. O debate em torno das prioridades orçamentais, com republicanos a defenderem cortes de impostos e democratas a privilegiarem serviços sociais, acentua a polarização e dificulta a obtenção de consensos.
Para os cidadãos, o impacto é imediato: atrasos em pagamentos de benefícios, suspensão de serviços federais e incerteza quanto à continuidade de programas sociais.