O autarca socialista Álvaro Araújo (mascarado de Marquês de Pombal na fotografia), recandidato à presidência da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, está na mira da oposição local, depois daquela autarquia ter disponibilizado, em pleno período eleitoral, um autocarro para o transporte de um grupo de munícipes para uma deslocação a Lisboa, com o objetivo de assistirem a um espetáculo musical.
Segundo a queixa apresentada pelo PSD local à Comissão Nacional de Eleições, a que o 24Horas teve acesso, nessa deslocação, promovida por uma associação local, e cujo serviço de transporte foi suportado pelos cofres municipais, não integrava qualquer programa da autarquia, o que não impediu que, ainda segundo a referida participação, foram distribuídos exemplares de “boletins municipais financiados com dinheiros públicos, contendo mensagens de elogio à gestão atual e anúncios de obras ainda não executadas”.
Mas as acusações a Álvaro Araújo não se resumem ao autocarro disponibilizado pela autarquia para a deslocação a Lisboa de alguns munícipes. A contratação antecipada, no passado dia 2, da Banda Filarmónica da Associação Cultural para as procissões a decorrer no concelho de Vila Real de Santo António ainda este ano, está também a provocar alguma polémica, não faltando quem acuse Araújo de ter arranjado “um expediente” para financiar uma outra associação local em pleno período eleitoral. Uma fonte da oposição local, que preferiu o anonimato alegando poder vir a sofrer represálias dado ser funcionário municipal, referiu ao 24Horas que esse contrato foi assinado para procissões a realizar em 2025, “quando não vai ocorrer qualquer procissão até ao final do ano”.