Marco Antão, advogado de Paulo Abreu dos Santos, renunciou à defesa do adjunto de ex-ministra da justiça, que no último sábado, dia 13, foi detido por crimes de pornografia e abuso sexual de menores.
Segundo o jornal Expresso, o causídico alegou “objecção de consciência” para a recusa, mas oficialmente são ainda desconhecidos os motivos que levaram o jurista a distanciar-se do arguido.
Paulo Abreu dos Santos, de 38 anos, antigo funcionário do ministério da Justiça, que exerceu funções entre 26 de setembro de 2022 e 02 de setembro de 2023, sob a tutela da socialista Catarina Sarmento e Castro, está indiciado por 500 crimes de pornografia de menores e dois de abuso sexual de crianças, tendo ficado em prisão preventiva.
“Considerando estarem indiciados mais de cinco centenas de crimes de pornografia de menores e dois crimes de abuso sexual de criança e verificados os perigos de perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública, de continuação da atividade criminosa e de ocultação de provas, o juiz de instrução criminal, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, decidiu sujeitar o arguido à medida de coação de prisão preventiva”, adiantou à Lusa fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O suspeito foi envolvido na investigação depois de as autoridades norte-americanas detectarem atividade suspeita num computador ligado ao ministério da Justiça, tendo advertido a Polícia Judiciária.
O indivíduo, que tinha no seu telemóvel conteúdos pornográficos com menores gravados por si, já terá confessado o abuso a duas crianças.
O inquérito está a ser dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.