O norte do Japão voltou a ser abalado por um forte terramoto na manhã desta sexta-feira, dia 12, com uma magnitude estimada entre 6,7 e 6,9, segundo a agência meteorológica do país. O sismo ocorreu ao largo da cidade de Aomori, a uma profundidade de cerca de 20 quilómetros, e foi sentido de forma intensa em várias localidades costeiras do nordeste. A violência do abalo levou as autoridades a ativarem de imediato um alerta de tsunami, dada a possibilidade de formação de ondas que pudessem representar risco para as populações junto ao mar.
O aviso de tsunami abrange as regiões de Hokkaido, Aomori, Iwate e Miyagi, onde foi recomendado que moradores e trabalhadores se deslocassem para zonas mais elevadas. Chegaram a prever-se ondas de até um metro, o que motivou a suspensão de atividades portuárias e o encerramento temporário de algumas vias costeiras. Apesar da preocupação inicial, as primeiras medições revelaram apenas pequenas oscilações do nível do mar, o que permitiu às autoridades levantar o alerta algumas horas depois, reduzindo a tensão que se vivia nas regiões afetadas.
Este terramoto surgiu apenas dias após outro ainda mais forte, de magnitude 7,5, que atingira a mesma área a 8 de dezembro. O abalo anterior provocou ferimentos em dezenas de pessoas, danificou estradas e edifícios e originou ondas de tsunami que chegaram a atingir cerca de 70 centímetros em alguns portos. A sucessão de sismos reacendeu receios antigos numa zona que tem um longo historial de atividade sísmica intensa e que permanece particularmente vulnerável a fenómenos geológicos deste tipo.
A localização do Japão no chamado Anel de Fogo do Pacífico, onde várias placas tectónicas convergem, torna inevitável a ocorrência frequente de terramotos. A memória do devastador sismo e tsunami de 2011 continua presente, influenciando a rapidez e a prudência com que as autoridades japonesas emitem alertas e orientam evacuações preventivas. Face ao novo abalo, especialistas alertam para a possibilidade de réplicas nos próximos dias, enquanto os serviços de proteção civil recomendam que a população costeira permaneça vigilante e familiarizada com as rotas de evacuação e medidas de segurança.