O Procurador-Geral da República (PGR), Amadeu Guerra, de 70 anos, espera que a investigação relacionada à Spinumviva, empresa ligada à família do primeiro-ministro, Luís Montenegro (52), seja concluída antes do início das férias judiciais de Natal, previstas para o dia 22 de dezembro.
“Espero que seja possível antes do início das férias”, disse o PGR, respondendo a questões dos jornalistas sobre a evolução da investigação do caso em questão. As declaração foram dadas num evento realizado numa escola em Loures, em comemoração ao Dia Internacional Contra a Corrupção.
Amadeu Guerra também comentou a demora na entrega de documentos solicitados à empresa e aos seus clientes, e lamentou que as respostas não tenham sido dadas com a rapidez desejada pelo Ministério Público (MP).
A investigação preliminar, recorde-se, foi anunciada em março, com o objetivo de verificar se existem fundamentos suficientes para a abertura de um inquérito criminal. “Sempre procurei uma resolução célere, mas o volume de documentação e provas que estão a ser analisados exige tempo”, explicou o PGR.
A polémica a envolver a Spinumviva teve início após o Correio da Manhã (CM) revelar que a empresa, além de outras atividades, estava envolvida na compra e venda de imóveis. Mais tarde, o Expresso avançou que a Spinumviva recebia uma remuneração mensal de 4 500 euros do grupo Solverde, que detém casinos e hotéis, para fornecer serviços especializados relacionados à proteção de dados pessoais.