Luís Montenegro, de 52 anos, bem pode insistir que já deu tudo o que tinha a dar, às autoridades, sobre a empresa familiar Spinumviva, mas o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) quer mais.
Foi o próprio Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, a dizê-lo, em entrevista ao semanário Sol. “A informação que tenho é que existe muita documentação e, esta semana, o DCIAP pediu mais documentação.”
Esta nova documentação servirá para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da Spinumviva.
Amadeu Guerra fez outra revelação: o PGR conta que, na próxima semana, vai fazer um ponto de situação com o diretor do DCIAP sobre vários inquéritos e vai indagar as razões da demora e a justificação.
“Acho isso legítimo, é aliás a minha obrigação. Mas já fui criticado por isso. Agora, eu não dou efetivamente instruções concretas em averiguações preventivas ou em inquéritos”.
A averiguação preventiva à empresa familiar do primeiro-ministro foi aberta pelo Ministério Público na sequência de três queixas recebidas pela Procuradoria-Geral da República.
Este procedimento tem o objetivo de determinar se existem indícios que justifiquem a abertura de um inquérito criminal.