Ao programa ’60 Minutos’, Donald Trump, de 79 anos, primeiro queixa-se: “A Rússia faz testes, a China faz testes, mas não falam sobre isso.” Depois, promete, durante a entrevista transmitida no domingo, 2: “Vamos fazer testes, porque outros fazem testes. A Coreia do Norte faz testes. O Paquistão faz testes. Sabe, por mais poderosas que sejam [as armas nucleares], o mundo é grande. Não se sabe necessariamente onde eles fazem testes. Eles fazem testes subterrâneos, em profundidade, onde as pessoas não sabem realmente o que está a acontecer. Sente-se uma pequena vibração. Eles fazem testes e nós não. Temos de fazer.”
No entanto, estes testes não se tratam da detonação de armas nucleares, como explica o secretário da Energia americano, Chris Wright. “São o que chamamos ‘explosões não críticas’, ou seja, testa-se todas as outras partes de uma arma nuclear para garantir que elas tenham a geometria adequada e que desencadeiem a explosão nuclear. Os testes que vamos realizar são em novos sistemas e, mais uma vez, trata-se de explosões não nucleares.”
Recorde-se que os Estados Unidos fazem parte do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (TICE). Realizar uma explosão nuclear, à ‘boleia’ da Rússia e China, por exemplo, constituiria a violação desse tratado.