A Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, foi palco de um assalto armado, este domingo, dia 7, que resultou no roubo de 13 obras de arte consideradas de valor incalculável. Dois homens entraram no edifício, renderam uma vigilante e um casal de visitantes, e retiraram as gravuras que estavam expostas numa cúpula de vidro.
Entre as peças levadas estão oito gravuras da série ‘Jazz’, do francês Henri Matisse, e cinco gravuras de Cândido Portinari, pertencentes à série ‘Menino de Engenho’. As obras faziam parte de uma exposição temporária organizada em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo e encerravam precisamente no mesmo dia do crime.
Após o assalto, os suspeitos colocaram as gravuras numa sacola e fugiram a pé em direcção à zona do Anhangabaú. Até ao fecho desta edição, não havia detenções e a Polícia Militar mantinha buscas ativas na tentativa de localizar os responsáveis.
A biblioteca já confirmou que todas as peças estavam seguradas e que o edifício dispunha de vigilância e câmaras de segurança. Contudo, especialistas alertam que o impacto cultural e simbólico da perda é irreparável. Pela raridade, relevância histórica e valor artístico dos autores envolvidos, as obras são classificadas como de valor incalculável, não havendo, por enquanto, estimativa financeira fiável.
O caso está a ser investigado por equipas especializadas da Polícia Militar, que analisam imagens de vigilância e recolhem depoimentos para tentar traçar o percurso dos assaltantes e recuperar o acervo roubado.

