Os ativistas bielorrussos Ales Bialiatski, distinguido com o Prémio Nobel da Paz em 2022, e Maria Kolesnikova foram libertados da prisão, na sequência de uma decisão do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que autorizou a libertação de 123 reclusos. A medida surge no contexto de negociações com os Estados Unidos, visando o levantamento de algumas sanções impostas a Minsk.
A informação foi inicialmente avançada pela agência estatal Belta e posteriormente confirmada por fontes da oposição e por organizações de defesa dos direitos humanos, incluindo a ONG Viasna.
Pouco antes do anúncio da libertação, Washington comunicou a intenção de aliviar determinadas sanções comerciais contra a Bielorrússia, nomeadamente no setor do potássio, num sinal de aproximação diplomática entre os dois países.
O enviado especial dos Estados Unidos para a Bielorrússia, John Coale, reuniu-se na sexta-feira e no sábado, 13 de dezembro, com o chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko, em Minsk, no âmbito destas negociações.
Aliada próxima da Rússia, a Bielorrússia tem enfrentado, ao longo dos últimos anos, um forte isolamento internacional e sanções por parte de países ocidentais. Lukashenko governa o país, com cerca de 9,5 milhões de habitantes, há mais de três décadas, sendo frequentemente acusado de repressão política e violações dos direitos humanos.
O país foi também alvo de sanções adicionais após permitir que a Rússia utilizasse o seu território para lançar a invasão da Ucrânia, em 2022. Desde julho de 2024, e numa tentativa de melhorar as relações com Washington, as autoridades bielorrussas libertaram centenas de prisioneiros.