Jair Bolsonaro passou este domingo por uma audiência de custódia realizada por videoconferência na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, mas continuará detido. A prisão preventiva foi mantida após o juiz responsável avaliar que se mantêm os riscos que justificaram a medida.
A decisão que levou à detenção aponta para a possibilidade de fuga, sobretudo depois de terem sido identificados sinais de violação da pulseira eletrónica usada pelo ex-presidente. Além disso, a mobilização de apoiadores à porta de sua residência, convocada por familiares, foi interpretada como um fator que poderia contribuir para a instabilidade e interferir no cumprimento das medidas judiciais.
Durante a audiência, não se discutiu o mérito das investigações, mas sim se a detenção foi realizada dentro da legalidade e se os direitos de Bolsonaro estavam a ser respeitados. O tribunal determinou que deverá permanecer numa sala especial, com acompanhamento médico contínuo e acesso apenas a advogados e profissionais de saúde previamente autorizados.
A defesa tentou passar a prisão preventiva em regime domiciliar, alegando problemas de saúde, mas o pedido foi rejeitado. A autoridade judicial considerou que, neste momento, não existem condições de segurança para aplicar uma medida menos restritiva.
Com a decisão, Bolsonaro continuará detido enquanto avançam as investigações e os recursos apresentados pela defesa aguardam apreciação.