Antes da inauguração oficial e dos discursos dos presidentes da ApexBrasil e do Sebrae, o Pavilhão Brasil na WebSummit Lisboa já fervilhou esta manhã de energia, inovação e soluções tecnológicas sustentáveis. Técnicos a testar ecrãs, fundadores a treinar pitchs de última hora e investidores curiosos davam o tom de um primeiro dia em que quase 400 startups brasileiras se apresentam ao mundo com ambição e confiança.
A delegação, coordenada pela ApexBrasil em parceria com o Sebrae, junta empresas de todas as regiões do país e reforça a imagem do Brasil como um dos ecossistemas de inovação mais vibrantes da América Latina.
No centro do Pavilhão Brasil, a palavra de ordem é sustentabilidade. Startups ligadas à bioeconomia, à transição energética, à agricultura inteligente e às cidades sustentáveis aproveitam o palco lisboeta para mostrar que o país quer ser reconhecido como potência ecológica, combinando tecnologia com a riqueza da sua biodiversidade.
A diversidade também marca presença logo neste primeiro dia. A comitiva inclui fundadoras, empreendedores, negócios nascidos em favelas e projetos vindos da Amazónia e de outros territórios tradicionalmente afastados dos grandes centros de inovação, espelhando um Brasil mais plural e descentralizado.
Noutro eixo, a “tecnologia com propósito” faz-se notar em soluções para saúde, educação, inclusão financeira e acessibilidade. Há plataformas de telemedicina para chegar a comunidades remotas, ferramentas de aprendizagem apoiadas em inteligência artificial, soluções para pessoas com deficiência e projetos ligados à economia circular e ao crédito de carbono – todos com foco em impacto social e ambiental, para lá da rentabilidade.
Enquanto a inauguração oficial não acontece, o vaivém no pavilhão já deixa claro o recado que o Brasil quer passar em Lisboa: mais do que um grande pavilhão, a presença brasileira é uma montra de como inovação verde, diversa e orientada para propósito pode transformar economias – e vidas – muito para além dos quatro dias de WebSummit.

