O Brasil, que se posiciona no plano internacional nas grandes questões da sustentabilidade, da preservação ambiental, das políticas de coesão e do comércio de bens e serviços fundamentais, como os minerais críticos, também concretiza soluções inovadoras para a vida concreta das pessoas, das empresas e das comunidades. São quase 400 startups brasileiras que estão em Lisboa a dar expressão à criatividade, ao conhecimento e ao empreendedorismo do país.
Entre os corredores e momentos de pitch no palco do Pavilhão Brasil, as empresas brasileiras afirmam um país do lado das soluções.
Pedro Braz, fundador e CEO da Credituz, apresentou uma fintech que procura revolucionar o setor imobiliário com o uso de inteligência artificial. A empresa criou uma plataforma que democratiza o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito inteligente por meio de um sistema de ERP banking totalmente automatizado. “Estar aqui [Web Summit] é uma prova de que conseguimos criar tecnologia com potencial para conquistar o mundo”, afirmou Braz. “Mostramos como o empreendedor brasileiro é capaz de fazer acontecer com qualidade e relevância.”
Na área de tecnologia e comportamento humano, a DevUP de Henrique de Andrade, chamou atenção com a sua proposta de repensar o futuro do trabalho tecnológico. Focada na formação de programadores, mas sem burnout, a startup já formou mais de mil profissionais no Brasil. “O futuro não é de robôs substituindo humanos, e sim de humanos a aprender a usar a tecnologia de forma inteligente”, disse o representante da empresa. “Nós queremos mostrar que é possível ser produtivo com equilíbrio e propósito.”
Do norte do país, Fernanda Onofre, CEO e fundadora daWood Chat, do Acre, levou uma inovação com propósito ambiental: o reconhecimento de espécies da floresta amazónica através de inteligência artificial. A tecnologia analisa as características da madeira, substituindo um processo antes feito a olho nu, cansativo e sujeito a falhas. “A nossa tecnologia ajuda engenheiros e órgãos de fiscalização a identificar espécies de forma precisa, reduzindo o desmatamento ilegal e protegendo a floresta”, explicou Fernanda.
A biotecnologia brasileira também esteve presente com start-ups como a de Mona Oliveira, CEO e fundadora da BioLinker, empresa que transforma bactérias, leveduras e células vegetais em verdadeiras biofábricas capazes de produzir proteínas, enzimas e anticorpos através do ADNsintético. Agora, com uma camada de inteligência artificial, a startup facilita o trabalho de cientistas na criação de novos ingredientes biotecnológicos. “Participar do Web Summit foi uma experiência transformadora”, contou Mona, acrescentando que este evento é uma “janela para mostrar ao mundo” novas soluções inovadoras.
A presença dessas startups na Web Summit, com o apoio da ApexBrasil e do Sebrae, é um retrato de um Brasil inovador e moderno, que procura combinar tecnologia, sustentabilidade e propósito.