O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou, esta sexta-feira, dia 31, um teste bem-sucedido com o super torpedo Poseidon, um míssil subaquático que Moscovo garante ser capaz de devastar regiões inteiras junto à costa, nomeadamente através do desencadeamento de tsunamis radioativos. A arma nuclear de destruição apocalíptica é já conhecida como “o torpedo do juízo final”.
Ainda são escassos os detalhes sobre o Poseidon, nome inspirado no antigo deus grego do mar, mas sabe-se que se trata de uma arma com capacidade nuclear e que pode ser lançada a partir de submarinos. As primeiras animações que ilustram o funcionamento do sistema foram divulgadas em 2018, sugerindo um potencial destrutivo sem precedentes no domínio naval.
O anúncio surge num momento de crescente tensão entre Moscovo e Washington. Donald Trump e Vladimir Putin já não se vão encontrar, depois de o presidente dos Estados Unidos ter cancelado a cimeira prevista para Budapeste, na Hungria. A decisão, avança o Financial Times, terá sido tomada após um telefonema “tenso” entre os dois líderes.
Trump terá recuado devido à intransigência de Putin, que continua a exigir à Ucrânia a cedência de mais território como condição para pôr fim à guerra, que dura há três anos e meio. O presidente norte-americano, recorde-se, tem apoiado a proposta de Kiev de congelar o conflito nas fronteiras atuais.
Com o sucesso do teste do Poseidon e o colapso diplomático da cimeira, as relações entre Washington e Moscovo voltam a deteriorar-se, num momento em que analistas alertam para o risco de uma nova escalada nuclear.